A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) encontrou discrepâncias entre as condições de vida dos membros e dos líderes da organização no estado da Bahia, Brasil. De acordo com os deputados Tenente Coronel Zucco, Ricardo Salles e capitão Alden, os assentados vivem de maneira precária, enquanto os líderes parecem ter acesso a moradias luxuosas. A CPI do MST está atualmente realizando diligências na Bahia, sendo esta sexta-feira (25) o segundo dia de investigações.
Na quinta-feira (24), a CPI teve auxílio da Polícia Federal devido à hostilidade por parte dos líderes do MST, que tentaram interromper as diligências. A Bahia tem sido o estado com o maior número de invasões de terra, totalizando 15 casos até o último levantamento realizado pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária no Brasil. Segundo o deputado do partido Liberal, capitão Alden, a massa de manobra usada para invadir e praticar crimes vive de maneira desumana nos assentamentos, enquanto as lideranças do MST vivem confortavelmente.
Ricardo Salles, relator da CPI, descreveu a condição de vida dos assentados como pobre, com muitas casas construídas com lona e chão de terra batida. Por outro lado, a casa da líder do assentamento estava bem equipada com varanda, churrasqueira e cercada por um cachorro de raça. Tenente coronel Zucco, presidente da Comissão, defendeu uma reforma agrária equânime, onde todos teriam as mesmas condições de obter titulação. A comitiva seguirá para a cidade de Prado, onde serão ouvidos os ex-assentados sobre o método de operação da organização MST na região.