A sessão desta terça-feira (29) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi finalizada sem que a maioria dos requerimentos propostos por parlamentares fossem apreciados. Foram apresentados 20 requerimentos na pauta da sessão, porém, somente dois foram aceitos, com votações acirradas. As principais aprovações foram as convocações de Jaime Messias Silva, presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), com um placar de 14 a 12, e de José Rodrigo Marques Quaresma, gerente executivo administrativo do mesmo instituto, aprovado por 15 a 11 votos.
Durante a sessão, houve um empate na votação para a retirada de um dos itens da pauta, o que levou o presidente da CPI, o Tenente-Coronel Zucco do Republicanos-RS, a estabelecer que, na falta de uma maioria, o requerimento seria mantido. Embora tal entendimento tenha prejudicado os apoiadores do governo nesta ocasião, tal critério acabou favorecendo-os ao rejeitar a convocação do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.
O Deputado Fábio Costa (PP-AL) solicitou a retirada de um requerimento que propunha a convocação do Ministro dos Transportes, Renan Filho. O pedido foi aceito pelo presidente da CPI. Ricardo Salles (PL-SP), relator do caso, sugeriu o encerramento da sessão mesmo com a maioria dos requerimentos ainda pendentes de votação. Salles justificou esse movimento pela mudança recente na composição da CPI e a improbabilidade de aprovação dos próximos requerimentos. A oposição, há semanas, tenta recuperar a maioria de membros para aprovar requerimentos. No entanto, a crescente perda de força da oposição indica que Salles deve apresentar o relatório final já na próxima segunda-feira (4), sugerindo que não ocorrerá a prorrogação da CPI.