O ex-jogador de futebol e ícone esportivo, Ronaldinho Gaúcho, foi recentemente ordenado a comparecer compulsoriamente à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras. Ronaldinho, que está sob investigação por conta de seu envolvimento com uma empresa que prometia rendimentos de até 2% ao dia por meio da venda de criptomoedas, não apareceu para prestar o depoimento na quinta-feira, marcando sua segunda falta no inquérito. Em resposta, a CPI emitiu uma ordem de condução coercitiva, uma medida legal tomada quando um testemunho é considerado indispensável para as investigações.
De acordo com o relator da comissão, Ricardo Silva (PSD/SP), Ronaldinho apresentou uma justificativa para sua ausência que não atende aos critérios legais. “Remarcamos a data com a certeza de que a falta acarretaria em um pedido de condução coercitiva, que é exatamente o que está sendo determinado pela presidência desta CPI”, declarou Silva. Ele refutou as alegações de inexistência de voos para Brasília como razão para a falta de Ronaldinho, garantindo que o ordenamento jurídico exige o cumprimento da convocação.
Os parlamentares das CPI das Pirâmides Financeiras, em parte, buscavam o depoimento de Ronaldinho Gaúcho devido ao seu envolvimento, como sócio, em uma empresa ligada à criptomoedas que causou prejuízos de R$ 300 milhões a investidores. No entanto, Roberto Assis, irmão e empresário de Ronaldinho, negou qualquer associação com a empresa durante seu depoimento na comissão. Ele afirma que Ronaldinho foi vítima da mesma, onde seus direitos de imagem foram utilizados sem autorização. Ainda segundo Assis, ambos assinaram contrato apenas com uma empresa de comercialização de relógios.