CPI das Criptomoedas pede condução coercitiva de sócios da 123milhas

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Criptomoedas, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), pediu à justiça a condução coercitiva dos sócios da 123milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira. Este pedido acontece diante do não comparecimento dos empresários à comissão, este que já é o segundo faltante. A CPI, que investiga o envolvimento de empresas em esquemas de pirâmides financeiras utilizando criptomoedas, quer questionar os empresários sobre a recente suspensão da emissão de passagens aéreas já adquiridas pelos consumidores, medida anunciada em 18 de agosto pela empresa.

Os irmãos Madureira justificaram a ausência apontando que não foram devidamente intimados para o comparecimento e, adicionalmente, seu advogado não poderia estar presente em razão de outro compromisso pessoal. Por esta razão, a oitiva foi remarcada para a última quarta-feira (30), às 18h. Contudo, os empresários faltaram novamente alegando uma audiência presencial com o ministro do Turismo, Celso Sabino, ocorrendo no mesmo horário. Tal justificativa, posta em um novo ofício, causou estranheza ao presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro, que declarou: “Eles abriram a solicitação de agenda com o ministro para fugir deste depoimento”.

De acordo com o ofício, os sócios da 123milhas estarão disponíveis para comparecer à CPI a partir de 4 de setembro. Mesmo diante das justificativas dos empresários, o presidente da CPI insistiu na condução coercitiva. “Não cabe outra medida a essa Comissão que não seja a condução coercitiva”, completou Aureo Ribeiro. Além disso, Ribeiro solicitou que os empresários sejam impedidos de deixar o país antes de serem ouvidos pela CPI. A ação leva em conta a suspensão das emissões de passagens aéreas da empresa e as queixas dos consumidores.