Em meio a uma das maiores crises financeiras de sua história, os Correios anunciaram um plano estratégico com o objetivo de conter o prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado em 2024 e melhorar o fluxo de caixa da estatal. A proposta foi divulgada nesta segunda-feira, 21, e inclui medidas como a possível redução da jornada de trabalho, com consequente diminuição proporcional dos salários dos empregados.
O plano foi inicialmente apresentado em um documento interno e, posteriormente, detalhado pela companhia. A expectativa é de que, se todas as ações forem implementadas com eficácia, a economia gerada poderá alcançar até R$ 1,5 bilhão ainda este ano.
Sob a liderança do presidente Fabiano Silva dos Santos, cujo mandato se estende até 6 de agosto, a estatal afirma que o sucesso da proposta dependerá do comprometimento dos cerca de 86 mil funcionários da empresa. Essas mudanças impactariam diretamente os empregados, caso sejam levadas adiante.
O anúncio ocorre em um cenário de forte preocupação com a sustentabilidade financeira da empresa, que enfrenta dificuldades para equilibrar as contas e apresenta os piores indicadores de desempenho dos últimos dois anos. Entre os fatores apontados para a crise estão a concorrência crescente no setor logístico, mudanças no perfil do consumidor — cada vez mais digital — e problemas de gestão atribuídos ao governo atual.