A decisão da corregedoria-geral do Ministério Público Federal (MPF) de investigar a conduta do subprocurador Ronaldo Albo atualmente domina os holofotes da mídia. Albo, que concedeu um substantivo desconto de R$ 6,8 bilhões ao grupo empresarial J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, durante a revisão de seu acordo de leniência, está sob escrutínio, conforme informado por Malu Gaspar em O Globo.
Albo, que ocupa o cargo de chefe na 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, havia aprovado em maio neste ano, o corte na multa imposta ao grupo J&F. O desconto reduziu a penalidade de R$10,3 bilhões, originalmente definida para ser paga em um prazo de 25 anos, para R$ 3,5 bilhões, com o novo prazo de pagamento reduzido para oito anos.
A investigação de Albo tem suas origens no início desta semana quando o procurador da República, Carlos Henrique Martins Lima, acionou a corregedoria-geral do MPF. Como resultado, Albo deverá ser convocado para prestar esclarecimentos sobre sua conduta. A apuração do caso, que segue sob sigilo, foi instaurada pelo corregedor José Elaeres, primeiro suplente, posterior a Auto declaração de impedimento da corregedora-geral do MPF, Célia Alvarenga, por ser casada com Aristides Junqueira, ex-Procurador-Geral da República e agora advogado do grupo J&F.