A disputa jurídica envolvendo o piloto brasileiro, Felipe Massa, a Fórmula 1 e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), ganhou um novo capítulo. A direção da F-1 solicitou a Massa, que buscava reivindicar seu título mundial de 2008, para não participar do Grande Prêmio da Itália, um dos mais relevantes do calendário.
Felipe Massa, íntimo do tradicional Circuito de Monza devido a sua forte ligação com a Ferrari, equipe que representou de 2006 a 2013, costuma marcar presença em várias etapas ao longo da temporada, e o GP da Itália não seria uma exceção. O vice-campeão de 2008 planejava rever amigos e a torcida italiana no fim de semana, mas teve de mudar seus planos após o pedido da F-1. Em vez disso, Massa permaneceu em São Paulo.
Em um incidente separado, o clima entre a F-1 e Massa azedou ainda mais após a remoção de uma faixa de apoio ao brasileiro, instalada por membros do Ferrari Club Caprino Bergamasco. A faixa exibia a mensagem “Felipe Massa, campeão do mundo de 2008”. O pessoal da F-1 justificou a remoção afirmando que a faixa prejudicava a visão de parte da torcida, uma declaração questionável, considerando que a faixa estava colocada na parte inferior às arquibancadas.
Este pedido recente da F-1 se refere à ação jurídica movida por Massa contra a categoria e a FIA em relação ao título de 2008. Naquele ano, Massa perdeu o título para Lewis Hamilton por apenas um ponto, em uma temporada marcada pela controvérsia do “Cingapuragate”. Durante o GP de Cingapura, Nelsinho Piquet, também brasileiro, provocou um acidente a mando de Flávio Briatore, chefe da Renault, com a intenção de favorecer o companheiro de equipe Fernando Alonso. O acidente resultou em prejuízos diretos para Massa, que liderava o campeonato e estava a caminho de seu primeiro título na F-1.
Os detalhes da batida orquestrada emergiram anos depois, quando o pai de Piquet confirmou as instruções dadas a seu filho. De acordo com as regras da categoria, os campeonatos não podem ter seu resultado alterado postumamente. Entretanto, as revelações recentes do ex-dirigente da F-1, Bernie Ecclestone, sobre ter conhecimento prévio da ordem da Renault, trouxeram o caso novamente à tona. Como resultado, o processo de Massa acusa a F-1 e a FIA de um “prejuízo milionário” devido ao título negado ao piloto. Os líderes das entidades já foram notificados sobre a ação, um procedimento necessário quando se recorre à justiça inglesa.
Este incidente é uma lembrança dos desafios em lidar com problemáticas éticas dentro do mundo do automobilismo e traz a discussão sobre as consequências duradouras de decisões manipuladas.