O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou, por 10 votos a 3, o processo contra o deputado Ricardo Salles (PL-SP) por supostos ataques à deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) na CPI do MST. A votação ocorreu nesta quarta-feira (18).
O Psol acusou Salles, então relator da CPI do MST, de praticar supostos ataques contra a deputada Sâmia Bomfim. Na representação, o partido cita como exemplo uma postagem feita por Salles em uma rede social, na qual publicou um “emoji” de um hambúrguer, e que a publicação tinha Sâmia como alvo.
O relator do pedido no Conselho de Ética, o deputado Gabriel Mota (Republicanos-RR), avaliou que, nos episódios, Ricardo Salles não “extrapolou os direitos inerentes ao mandato”.
Ainda nesta quarta, o colegiado também decidiu arquivar uma representação contra o marido de Sâmia, deputado Glauber Braga (Psol-RJ), por uma discussão com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em outra comissão da Casa.
O pedido contra Glauber Braga foi apresentado pelo PL, partido de Salles. A sigla alegou que Braga ofendeu Eduardo Bolsonaro ao mencionar o caso das joias recebidas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro como presente oficial de regime árabes.
“Fica quietinho que agora estou falando. Você já falou bastante. Fica quietinha agora, fica calmo, fica quietinho. Você já devolveu todos os colares?”, questionou Glauber Braga à época.
Para o relator do processo, deputado Albuquerque (Republicanos-RR), a declaração de Braga não “configurou ofensa ao decoro”.