A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro foi palco de controvérsias quando dialogo transformou-se em bate-boca, provocando a saída do Deputado Abilio Brunini (PL-MT) do plenário. Os conflitos surgiram após parlamentares da base governista acusarem Brunini de executar um gesto referente ao supremacismo branco. A discórdia persistiu mesmo depois que o Deputado deixou o recinto, desdobrando em mais acusações no corredor principal do Senado, conhecido popularmente por “Túnel do tempo”.
As acusações continuaram a ser trocadas, desta vez entre Brunini e o Senador Rogério Carvalho (PT-SE), que classificou o deputado bolsonarista como “mentiroso contumaz”. Posteriormente, Brunini anunciou que pretende ir à delegacia para registrar um boletim de ocorrência contra os parlamentares que o acusaram de executar o gesto supremacista. “Esse tipo de atitude, de sair inventando que eu fiz gesto, isso não é verdade, eu não admito isso. Estou indo na polícia agora, vou fazer uma denúncia sobre isso, vou fazer um boletim de ocorrência”, declarou Brunini.
Os argumentos a favor da acusação são reforçados por um vídeo postado pelo próprio deputado em suas redes sociais, onde é visto fazendo um círculo com alguns dedos e estendendo outros três, gesto associado ao significado de “white power”. A similaridade do gesto realizado por Brunini, com aquele feito por Filipe G. Martins, ex-assessor especial da Presidência, durante uma audiência no Senado em março 2021, tem sido notada. Entretanto, vale ressaltar que Martins foi absolvido desta acusação após uma investigação.