A morte de Yevgeny Prigozhin, líder do polêmico Grupo Wagner, foi confirmada pelas autoridades russas após a realização de análises genéticas em corpos encontrados na cena de um acidente de avião. Prigozhin chefiava o exército mercenário que ganhou notoriedade por suas ações na invasão russa à Ucrânia. O jato executivo vinculado ao grupo mercenário caiu na cidade de Tver, ao norte de Moscou, matando todas as 10 pessoas a bordo, incluindo também Dmitry Utkin, outro comandante do grupo paramilitar.
Relatos da imprensa russa sugerem que antes da queda do avião, Prigozhin e Utkin haviam se reunido com oficiais do Ministério da Defesa. Esta reunião e a subsequente morte de Prigozhin levantaram especulações de que a morte do chefe mercenário poderia ter sido orquestrada pelo próprio governo russo. No entanto, estas alegações foram prontamente negadas como uma “mentira absoluta” pela administração russa.
O Grupo Wagner, sob a liderança de Prigozhin, desempenhou um papel fundamental em diversas guerras, incluindo o atual conflito ucraniano. O grupo paramilitar, que começou com combatentes experientes, estendeu suas fileiras recrutando indivíduos não treinados, incluindo detentos das prisões russas. A organização foi crucial no ataque à cidade de Bakhmut, marcando a batalha mais longa e sangrenta da guerra ucraniana até o momento. As tensões surgiram recentemente entre o grupo e o governo russo, quando Prigozhin acusou o governo russo de promover um ataque contra acampamentos do Wagner.