Encerrou-se em Belém após três dias a Conferência Internacional “Amazônia e Novas Economias”, cenário de diálogos sobre a crítica situação da região amazônica. Organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o evento contou com 180 palestrantes distribuídos em quase 30 painéis que discutiram temas como: desafios para o desenvolvimento, transição ecológica, uso eficiente de recursos naturais, segurança climática, questões fundiárias e financiamentos. A premissa que norteou todos esses assuntos foi a de que o futuro do globo está intrinsecamente vinculado ao futuro da Amazônia, região que tem enfrentado intensos desafios socioambientais.
Figuras internacionais de destaque, como Tony Blair, ex-primeiro ministro britânico, Ban Ki-Moon, ex-secretário geral da ONU e Iván Duque, ex-presidente da Colômbia, fizeram parte da programação, expressando suas preocupações sobre o ponto de não retorno da Amazônia. Dialogaram sobre a necessidade imperativa de intervenções urgentes para minimizar a crise climática global, que potencialmente se agrava caso os problemas correntes na floresta amazônica não sejam contidos. Dentro do próprio Brasil, autoridades como o ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, e o ministro das Cidades, Jader Filho, também participaram do evento.
Durante a Conferência, formas inovadoras de conciliar desenvolvimento econômico com a conservação da biodiversidade e o combate ao desmatamento, reduzindo ainda as desigualdades, foram tópicos de grande debate. Entre as soluções propostas estavam a adoção de bioeconomia, economia circular, mercado de carbono, economia solidária e economia da socio-biodiversidade. O consenso é que, para alcançar um futuro mais sustentável para a Amazônia, é necessário repensar os paradigmas econômicos tradicionais, optando por modelos que investem na circularidade e tiram proveito da natureza sem esgotar seus recursos.