A tecnologia Dolby Atmos tem ganhado destaque em serviços de streaming e equipamentos de som ao oferecer uma experiência auditiva imersiva, que rompe com os padrões tradicionais de reprodução sonora. Diferente dos formatos anteriores, o Atmos permite que sons sejam percebidos em qualquer direção, criando a sensação de estarem ao redor do ouvinte — inclusive acima ou abaixo.
Para compreender essa inovação, é necessário revisitar a evolução da reprodução sonora. Inicialmente, rádios e cinemas utilizavam o formato mono, com áudio transmitido por um único alto-falante. Na década de 1950, surgiram os discos estéreo, que passaram a dividir o som entre dois canais — direito e esquerdo — proporcionando uma percepção espacial básica.
A partir de 1992, o sistema Dolby Digital 5.1 se popularizou em cinemas e home theaters, distribuindo o áudio em cinco canais (frontal, laterais e traseiros), além de um canal exclusivo para sons graves. Esse padrão foi aperfeiçoado por tecnologias como DTS, THX e configurações mais avançadas como o 7.2, mas todos ainda dependiam de pontos fixos de emissão de som.
Com o Dolby Atmos, essa limitação foi superada. A tecnologia, cujo nome é derivado da palavra “atmosphere” (atmosfera), utiliza até 118 pontos de mixagem para posicionar sons em um espaço tridimensional. Isso permite uma distribuição mais livre e precisa do áudio, eliminando a necessidade de múltiplas caixas acústicas. Até mesmo uma soundbar pode simular os efeitos da tecnologia, proporcionando uma experiência envolvente.
A proposta do Dolby Atmos é transformar a maneira como o som é percebido, tornando a reprodução mais próxima da realidade ao permitir que cada elemento da trilha sonora ocupe um ponto específico no ambiente.