Comissão votará legalidade do processo de cassação do vereador Camilo Cristófaro

Com alegações de discurso racial, o mandato do vereador Camilo Cristófaro (Avante) será posto à prova nesta quarta-feira (30) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara de São Paulo. Cristófaro, cujo comentário considerado ofensivo contra negros foi exposto durante uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Aplicativos, poderá ser enfrentado com o pedido de cassação do seu cargo. A frase em questão proferida por Cristófaro foi “Não lavaram a calçada… É coisa de preto, né?”, que alimentou a solicitação pela perda de seu mandato.

A decisão sobre o futuro do mandato de Cristófaro está nas mãos do relator do processo, Professor Toninho Vespoli (PSOL), que já sinalizou o prosseguimento da tramitação da cassação. Segundo Vespoli, o devido processo legal foi integralmente observado, com direito ao contraditório e a ampla defesa assegurados ao vereador em questão. Caso a maioria dos membros da Comissão vote a favor do parecer de Vespoli, a proposta de cassação será considerada apta para visualização e votação no Plenário da Câmara Municipal de São Paulo.

Este é apenas um dos quatro processos abertos na Corregedoria contra Cristófaro pela sua declaração. A última votação realizada na semana passada na Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo levou à decisão pela cassação, com cinco votos a favor e uma abstenção. A notificação sobre o processo foi feita a Cristófaro pela Corregedoria do processo, havendo uma resposta do vereador por vídeo, denunciando o caso como uma tentativa de cassação com base em sua frase que considera ter sido retirada de contexto.