O ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes (PDT) fez graves acusações contra a atual gestão do Ceará, afirmando existir uma ligação entre o poder político local e facções criminosas. As declarações foram dadas durante uma entrevista à Rádio Metropolitana FM de Aracaju e repercutiram no cenário político nacional.
Críticas à gestão e às instituições
Segundo o relato original, Ciro Gomes classificou o atual momento político do estado como uma “ditadura corrupta”. Ele expressou desapontamento com o grupo político que ajudou a formar, alegando que a estrutura se tornou um “monstro” que interfere no Judiciário, no Ministério Público e na imprensa. O ex-governador criticou o que considera uma corrosão das instituições democráticas cearenses.
Supostas ligações em municípios
Para sustentar suas acusações, Ciro mencionou situações específicas em municípios do Ceará. Conforme publicado pelo portal Terra Brasil Notícias, ele apontou o caso de Icó, onde, segundo ele, relatórios de inteligência ligariam um suposto líder do Comando Vermelho (CV) a contratos com a prefeitura local, administrada pelo PT. Ciro sugeriu que esses contratos poderiam ser usados para lavagem de dinheiro.
Outro exemplo citado foi o do município de Santa Quitéria. O ex-governador relembrou a prisão de José Braga Barrozo, conhecido como “Braguinha”, então candidato a prefeito, por suposta ligação com uma facção criminosa. A prisão ocorreu em outubro de 2024 e foi noticiada por veículos de imprensa como o G1, que informou que a operação investigava a infiltração do crime organizado na política local.
Contexto e desdobramentos
As denúncias de Ciro Gomes, adversário político do grupo que governa o Ceará, levantam um alerta sobre a potencial interferência do crime organizado nas estruturas de poder. Segundo sua análise, essa infiltração compromete a distribuição de recursos públicos e enfraquece a confiança da população nas instituições. O Partido dos Trabalhadores (PT) do Ceará, em ocasiões anteriores, rebateu acusações semelhantes, classificando-as como irresponsáveis e com motivação eleitoral. As novas declarações de Ciro Gomes ainda aguardam resposta oficial dos citados.