A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) solicitou ao governo da Guatemala medidas de proteção para o presidente eleito, Bernardo Arévalo, devido a supostas ameaças de morte contra ele. Arévalo, que é diplomata e filho do ex-presidente Juan José Arévalo, venceu as recentes eleições presidenciais com uma margem de 21 pontos sobre a oponente, Sandra Torres, ex-primeira-dama do país. A vitória de Arévalo gerou controvérsias, pois Torres questiona o resultado eleitoral alegando irregularidades na contagem dos votos.
De acordo com a CIDH, Arévalo, juntamente com sua vice, Karin Herrera, estão em “situação grave e urgente de risco.” Em resposta, o governo da Guatemala comprometeu-se a aumentar a segurança para ambos. A necessidade de proteção foi evidentemente necessária desde antes da eleição, quando a equipe de segurança de Arévalo recebeu informações de um suposto plano para assassiná-lo, que envolveria ‘agentes estatais e indivíduos particulares’.
No dia da eleição, após a vitória de Arévalo, quatro procuradores solicitaram um encontro com o presidente eleito para alertá-lo de uma suposta ameaça de grupos criminosos. Desde sua vitória, Arévalo tem se mantido reservado, sem realizar grandes comemorações públicas. Esta situação lança uma sombra sobre o ambiente político na Guatemala, alimentando questões preocupantes sobre a segurança e a estabilidade do país no futuro.