A tensão entre a Ucrânia e a Rússia tem provocado um esgotamento dos arsenais dos países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), revelou o chefe da aliança militar, Jens Stoltenberg. Durante uma sessão no Parlamento da União Européia, Stoltenberg alertou para a queda nas reservas depois das medidas adotadas para apoiar a Ucrânia.
“No início [da guerra], esgotamos as nossas existências para dar apoio à Ucrânia, mas as nossas reservas não são suficientes”, relatou o oficial.
Stoltenberg destacou que a OTAN percebeu rapidamente que o conflito na Ucrânia se transformaria em uma “guerra de desgaste”, o que impulsionou a urgência no aumento da produção de armas.
Atualmente, diz Stoltenberg, “existe uma evolução positiva dos novos investimentos e mais produção em todas as linhas de produção nos países da União Europeia e nos países aliados da OTAN”.
Desde que as hostilidades começaram na Ucrânia em fevereiro de 2022, países membros da OTAN e da União Europeia têm fornecido apoio significativo, com os Estados Unidos à frente. Segundo dados do Instituto Kiel, os EUA enviaram US$ 46,5 bilhões (R$ 229 bilhões na cotação atual) em armas para a Ucrânia.
Os esforços da OTAN para apoiar a Ucrânia já causaram ansiedade dentro da organização. Embora tenha afirmado que a OTAN está pronta para um possível confronto direto com a Rússia, o presidente do comitê militar da aliança indicou em janeiro que a prioridade era o rearmamento dos membros do bloco.
As revelações de Stoltenberg apontam para a magnitude da crise na Ucrânia e como ela está impactando a segurança global. Mais do que nunca, a necessidade de resolução pacífica do conflito é urgente, enquanto o mundo assiste a um esgotamento dos arsenais que, além de custoso, poderia potencialmente desencadear uma corrida armamentista indesejada.