Economia

CCJ do Senado aprova projeto que limita uso de dinheiro em espécie em transações imobiliárias

CCJ do Senado aprova projeto que limita uso de dinheiro em espécie em transações imobiliárias

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (26), um projeto de lei que visa restringir o uso de dinheiro em espécie em operações de compra e venda de imóveis. A proposta, que agora segue para análise do Plenário do Senado, tem como objetivo aumentar a transparência e combater crimes como lavagem de dinheiro e sonegação fiscal no setor imobiliário.

Como funcionará a limitação

Conforme o texto original que inspirou esta reportagem, a proposta delega ao Conselho Monetário Nacional (CMN) a responsabilidade de estabelecer os limites máximos para pagamentos com dinheiro físico nessas transações. O projeto de lei (PL) 2.673/2019, de autoria do senador Flávio Arns (PSB-PR), determina que qualquer valor que exceda o teto definido pelo CMN deverá ser liquidado por meio de sistemas de transferência eletrônica rastreáveis. A aprovação na CCJ ocorreu em 26 de junho de 2024, conforme noticiado pela Agência Senado, e não em novembro, como informado no material de origem.

Aumento da segurança e combate a crimes financeiros

A justificativa para a medida é que o uso de grandes volumes de dinheiro em espécie dificulta o rastreamento pela Receita Federal e por órgãos de controle, como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), abrindo brechas para atividades ilícitas. Ao obrigar o uso de meios eletrônicos, as transações deixam um registro digital, o que facilita a fiscalização e a identificação de operações suspeitas. A mudança busca, portanto, fortalecer a integridade do sistema financeiro e do mercado imobiliário.

Alinhamento a práticas internacionais

O texto fornecido como base para esta matéria aponta que a iniciativa alinha o Brasil a padrões já adotados em outros países. Nações como Estados Unidos, Canadá e membros da União Europeia possuem regulamentações que limitam o uso de dinheiro vivo em transações de alto valor. A medida é vista como uma modernização do sistema financeiro e uma ferramenta importante para aumentar a segurança jurídica e econômica, protegendo o mercado contra a circulação de recursos de origem ilegal.