A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu no último domingo (18) um homem suspeito de assassinar Rosa Inês de Souza, de 69 anos. O crime ocorreu em 28 de abril, na cidade de Joinville, localizada a aproximadamente 180 quilômetros da capital catarinense, Florianópolis. O suspeito, que possui registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC), teria cometido o homicídio por não aceitar as cobranças de aluguel feitas pela vítima, segundo informações divulgadas pelas autoridades policiais.
A captura do suspeito aconteceu em Curitiba, no estado do Paraná, demonstrando que o homem havia fugido para outro estado após cometer o crime. Durante a operação policial, as autoridades também conseguiram apreender a arma utilizada no homicídio, elemento fundamental para a investigação e comprovação da autoria do crime.
Motivação do crime relacionada a débitos de aluguel
Segundo informações divulgadas pelo delegado Dirceu Augusto da Silveira Junior, titular da Delegacia de Homicídios de Joinville, o crime aconteceu poucas horas após um confronto entre vítima e suspeito. “Quem estava inadimplente era o investigado. Havia pendência de aluguel e de contas de luz e água. Inclusive no dia, a vítima esteve na casa dele pra fazer a cobrança”, afirmou o delegado responsável pela investigação.
O desentendimento entre locadora e inquilino teria escalado rapidamente após a visita de Rosa Inês à residência do suspeito para cobrar os valores atrasados. A situação de inadimplência não se limitava apenas ao aluguel, mas também incluía contas de serviços essenciais como energia elétrica e fornecimento de água, o que pode ter intensificado o conflito entre as partes.
Na mesma noite do desentendimento, por volta das 19h, o suspeito encontrou a idosa enquanto ambos se deslocavam de bicicleta pelas ruas de Joinville. Foi nesse momento que o homem efetuou três disparos pelas costas contra Rosa Inês, que não resistiu aos ferimentos e faleceu no local do ataque. A forma como o crime foi executado, com tiros pelas costas, indica que a vítima não teve chance de defesa.
Arma utilizada era registrada legalmente
A arma utilizada no crime foi apreendida pelas autoridades e, conforme destacado pelo delegado, estava em situação regular. “A arma não era irregular. Ele é CAC, tinha armas registradas”, explicou Silveira Junior. O suspeito, que fugiu após o crime, foi localizado e detido na cidade de Curitiba, no Paraná, após trabalho investigativo da polícia catarinense.
O fato de o suspeito possuir registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC) permitia que ele mantivesse armas de fogo legalmente em sua residência. Este detalhe da investigação levanta questões sobre o controle e fiscalização de armas registradas e como elas podem eventualmente ser utilizadas em crimes violentos, mesmo estando em situação regular perante as autoridades.
A investigação que levou à captura do suspeito contou com imagens de câmeras de segurança que registraram seus movimentos antes e depois do assassinato. Essas evidências foram fundamentais para a identificação e posterior prisão do homem. O monitoramento por vídeo tem se mostrado uma ferramenta cada vez mais importante para a elucidação de crimes em centros urbanos.
Conclusão
O caso evidencia um crime motivado por questões financeiras, onde o não pagamento de aluguéis e contas de serviços básicos culminou em um homicídio. A prisão do suspeito, realizada em outro estado, demonstra o trabalho conjunto das forças policiais na resolução do caso. As autoridades seguem com as investigações para reunir mais detalhes sobre as circunstâncias exatas do crime ocorrido em Joinville.
Este trágico episódio ressalta como conflitos aparentemente cotidianos, como a cobrança de valores devidos, podem escalar para situações extremas quando não há diálogo e resolução pacífica. A morte de Rosa Inês de Souza, aos 69 anos, representa não apenas a perda de uma vida, mas também um alerta sobre como a violência pode surgir em contextos de disputas financeiras.