O Brasil terminou o mês de julho com um déficit de US$ 3,6 bilhões em suas transações correntes, representando um desiquilíbrio entre a entrada e a saída de dólares do país, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central na última sexta-feira. O déficit, embora expressivo, está abaixo do resultado negativo observado no mesmo período no ano anterior, que registrava um déficit de US$ 5,3 bilhões.
Nos 12 meses finalizados em julho de 2023, o déficit brasileiro em transações correntes alcançou a marca de US$ 51,1 bilhões. Isso representa 2,52% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Enquanto isso, o país registrou um superávit na balança comercial de US$ 7,2 bilhões no mês de julho. As exportações totalizaram US$ 29,2 bilhões, e as importações chegaram a US$ 21,9 bilhões.
Aliado a isso, os Investimentos Diretos no País (IDP) apresentaram uma entrada líquida de US$ 4,2 bilhões em julho de 2023, um valor inferior aos US$ 7,2 bilhões registrados no mesmo período de 2022. Apesar da queda, o IDP acumulado ao longo dos 12 meses atingiu um total de US$ 71,7 bilhões, o que equivale a 3,54% do PIB, contra os US$ 74,6 bilhões registrados no mês anterior. Estes dados trazem à tona as incertezas sobre a recuperação econômica do Brasil frente ao cenário mundial.