Enfurecido, o ex-primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, apontou o dedo para o líder russo, Vladimir Putin, como o responsável pela morte do empresário russo Yevgeny Prigozhin, conhecido por estar à frente do Grupo Wagner. No artigo que escreveu para o Daily Mail, ele dispensa qualquer investigação formal ou prova de DNA, acusando Putin de ter arquitetado o incidente da queda de avião que matou Prigozhin e a liderança do grupo, comparando as mortes a outros envenenamentos notórios ocorridos no Reino Unido, como os casos de Alexander Litvinenko e Sergei Skripal. Segundo ele, o histórico de ações do líder russo é o suficiente para concluir a responsabilidade sobre o trágico evento.
Johnson não mediu palavras ao referir-se a Putin, ressaltando a reputação sombria do autocrata. “Putin é exposto como um gangster e o seu absurdo ‘tributo’ televisionado aos Wagneristas mortos vem direto das páginas de ‘O Poderoso Chefão’”. essa afirmativa de Johnson é baseada na suposta homenagem de Putin aos mortos no acidente de avião veiculada pela televisão russa, que, na visão do britânico, mais parece encenação digna de filmes de máfia.
As acusações de Johnson surgem no momento em que o Comitê de Investigação Russo confirmou a morte de Prigozhin através de análise de DNA dos corpos encontrados no local da queda do avião. O governo russo tratou as acusações de morte orquestrada como “especulações ocidentais” e classificou-as categoricamente como uma “mentira absoluta”. A polêmica amplifica ainda mais a tensão nas relações entre a Rússia e o Ocidente.