O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou neste domingo (4) o hospital em Brasília, onde estava internado desde o dia 13 de abril. Durante os 21 dias de internação, ele foi submetido a uma cirurgia de desobstrução intestinal que durou cerca de 12 horas.
Na saída da unidade médica, Bolsonaro conversou com apoiadores e afirmou que seguirá as recomendações dos profissionais de saúde com o auxílio da esposa, Michelle Bolsonaro. “Quem vai fazer eu seguir é uma tal de Michelle, o que você acha?”, disse o ex-presidente.
Bolsonaro foi transferido para Brasília após sentir fortes dores abdominais durante uma agenda em Santa Cruz, no interior de Natal, no dia 11 de abril. A transferência ocorreu no dia seguinte, a pedido do próprio ex-presidente e de sua família.
Segundo boletins médicos e informações compartilhadas nas redes sociais, as dores ainda seriam consequência da facada sofrida durante a campanha presidencial de 2018. O procedimento realizado, chamado de laparostomia exploratória, teve como objetivo liberar aderências no intestino, causadas por uma dobra no intestino delgado.
O médico Leandro Echenique classificou a cirurgia como “extremamente complexa e delicada”, com resultado considerado “excelente”. Já o médico Cláudio Birolini, responsável pela equipe cirúrgica, relatou que a parede abdominal do paciente apresentava danos significativos.
Durante o período de internação, Bolsonaro realizou sessões diárias de fisioterapia para prevenção de trombose e fortalecimento muscular. Em uma de suas publicações, informou que os primeiros sinais de atividade intestinal surgiram no dia 22 de abril.
Os médicos ressaltaram que não havia previsão de recuperação rápida e que o quadro exigia cuidados progressivos. O ex-presidente permanece em observação médica e seguirá em recuperação fora do ambiente hospitalar.