O ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, comentou no último domingo (13) as prisões recentes de seus ex-aliados, afirmando acreditar que o objetivo é pressioná-los a concretizar delações premiadas visando afetá-lo. Durante uma entrevista concedida a um canal no YouTube, ele destacou a detenção de Mauro Cesar Barbosa Cid e Luis Marcos dos Reis, seus antigos ajudantes de ordens. Os dois foram presos como parte da Operação Venire, que investiga supostas fraudes nos cartões de vacinação de Bolsonaro e sua filha. No entanto, o ex-presidente não abordou a operação da Polícia Federal deflagrada na sexta-feira (11), que explora a venda de joias recebidas por ele durante seu mandato.
Na última sexta-feira, a Polícia Federal executou mandados de busca e apreensão em quatro lugares associados aos aliados de Bolsonaro. Essa ação busca evidências de um suposto esquema internacional de venda de joias e bens de alto valor que foram presenteados a Bolsonaro em agendas oficiais. A PF acredita que não apenas o ex-presidente esteja envolvido diretamente no esquema, como também que ele tenha se beneficiado com dividendos das transações em dinheiro vivo.
Apesar de não detalhar muito acerca da identidade dos outros dois auxiliares diretos mencionados em sua fala, Bolsonaro destacou a prisão de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, e de Ailton Barros, um militar expulso do Exército que se apresentava como o “01” de Bolsonaro no Rio durante a campanha anterior. O ex-presidente também aproveitou para mencionar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro e a prisão de manifestantes, afirmando que não se esquece do “sofrimento das 200 e poucas pessoas presas por seis meses” e que a CPMI “está indo muito bem”.