Auditores do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM-SP) identificaram uma série de falhas na Operação Tapa-Buracos da Prefeitura. O serviço de recapeamento realizada pela prefeitura foi inspecionado por doze auditores do TCM entre os dias 30 e 31 de março. Os técnicos encontraram mais de 40 buracos em diferentes vias da cidade.
Dentre as discrepâncias, os auditores apontam uma suposta tentativa de tapar buracos em ruas que apresentam “alto grau de degradação”. Segundo os auditores, essa seria uma solução apenas paliativa, insuficiente para restaurar as condições adequadas de circulação.
Além disso, o relatório do TCM também aponta problemas na execução dos reparos, incluindo a preparação do terreno para aplicação do asfalto. A ausência de limpeza adequada e compactação, segundo os técnicos, impactam negativamente a durabilidade do reparo efetuado.
A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), por sua vez, defende-se alegando que a própria prefeitura monitora a Operação Tapa-Buraco. Em nota, o governo municipal afirmou que quando falhas são identificadas, os serviços são refeitos sem custos adicionais às empresas contratadas.
A administração da cidade também alega que toda solicitação de reparo tem acompanhamento em tempo real pelo Sistema de Gerenciamento de Zeladoria (SGZ), que realiza uma medição online do trabalho executado. Este sistema seria, portanto, mais um instrumento para garantir a qualidade e agilidade do serviço.
Contudo, diante das constatações dos auditores do TCM, resta claro que a Operação Tapa-Buracos da Prefeitura de São Paulo carece de maior eficiência e qualidade, a fim de assegurar melhores condições de mobilidade para os cidadãos paulistanos.