Pelo menos dez pessoas morreram neste domingo (18) após um atentado suicida atingir uma fila de jovens recrutas na base militar de Damanyo, em Mogadíscio, capital da Somália, segundo relataram testemunhas à agência Reuters. O ataque ocorreu enquanto adolescentes aguardavam no portão para se registrar nas forças armadas.
De acordo com relatos, um homem desceu de um tuk-tuk em alta velocidade, correu até a fila e detonou os explosivos que carregava. O capitão Suleiman, que presenciou o ocorrido do outro lado da rua, afirmou ter visto dez mortos, entre recrutas e civis. Ele também alertou que o número de vítimas pode aumentar.
No local, ficaram espalhados dezenas de sapatos abandonados, além dos restos do agressor. Outra testemunha, Abdisalan Mohamed, afirmou que havia “centenas de adolescentes no portão” no momento da explosão. “A área foi coberta por uma densa fumaça, e não conseguimos ver os detalhes das vítimas”, relatou.
O hospital militar da capital informou que recebeu 30 feridos, sendo que seis deles morreram logo após a chegada. Após o ataque, forças do governo somali isolaram completamente a região.
Até o momento, nenhuma organização assumiu a autoria do atentado. As autoridades locais também não foram localizadas pela imprensa para comentar o caso.
O ataque deste domingo remete a um episódio semelhante ocorrido em 2023, quando um homem-bomba matou 25 soldados na base de Jale Siyad, localizada próxima à base de Damanyo. A explosão também ocorre um dia após o assassinato do coronel Abdirahmaan Hujaale, comandante do 26º batalhão, na região de Hiiran. Há relatos de infiltração de militantes do grupo al-Shabaab nas forças de segurança do país.