Os governantes da Argentina, presidente Alberto Fernández e vice Cristina Kirchner, anunciaram recentemente que a taxa de câmbio do país será fixada em 350 pesos por dólar até 30 de outubro. Além disso, os preços dos combustíveis também serão congelados até a mesma data. Essa iniciativa faz parte de um pacote de medidas formulado pelos dirigentes com o intuito de conter a crescente inflação, que, de acordo com previsões da própria Casa Rosada, deve atingir taxas de dois dígitos em agosto.
A suspensão dos valores oficiais do câmbio e dos combustíveis é vista como um respiro para os segmentos que operam dentro desses parâmetros oficiais. Apesar de não influenciar as cotações paralelas do peso, onde o valor do dólar e do real é quase o dobro do oficial, a medida busca diminuir a volatilidade que ameaça estagnar a economia argentina.
Apesar do congelamento, a inflação argentina em um panorama de longo prazo permanece alta, pois, ao considerar os últimos doze meses, atinge 113,4%, figurando entre as maiores taxas globais atuais. Esta preocupante realidade ocorre após seis meses consecutivos de desaceleração dos índices inflacionários no país. Tais medidas, portanto, evidenciam os esforços do governo argentino para estabilizar a economia e controlar a inflação.