Cerca de 1.500 policiais foram mobilizados para o protesto pró-Palestina que ocorreu sábado, 25 de novembro, em Londres. Apesar das advertências da polícia, inúmeras manifestações antissemitas ocorreram e, no início do ato, já houve detenções.
Duas mulheres foram presas por ofensa à ordem pública com agravamento racial depois de serem vistas segurando cartazes ofensivos. Quatro pessoas que distribuíam panfletos com uma suástica dentro de uma estrela de Davi também foram presas.
Um dos cartazes dizia: “Pare de fazer o que Hitler fez com você”, comparando o bombardeio de Gaza por Israel ao Holocausto. Outro cartaz apresentava um lenço da palestina cobrindo todo o Estado judeu, seguido da legenda: “não é um slogan, é uma promessa.”
O polêmico canto “From the river to the sea, Palestine will be free”, considerado uma exortação à destruição de Israel, foi entoado reiteradamente. Benjamim Netanyahu foi representado como o diabo e o primeiro-ministro Rishi Sunak e o líder trabalhista Keir Starmer representados com sangue nas mãos. Fogos de artifício foram disparados e muitos desfilaram com bandana verdes com escrita em árabe, imitando o estilo dos terroristas do Hamas.
No monumento aos mortos de guerra da Grã-Bretanha, foi estendida uma gigantesca bandeira palestina enquanto coroas de papoulas eram removidas.
Uma multidão radical, que permaneceu no ato após a dispersão da maioria dos manifestantes, bloqueou estradas e provocou a polícia, disparando sinalizadores nas cores verde, branca e vermelha da Palestina e estendendo bandeiras palestinas em frente a pubs e teatros, perto de Trafalgar Square.
Uma marcha organizada pela Campanha Contra o Antissemitismo está prevista para acontecer neste domingo, 26 de novembro, a partir das 13h30, no Royal Courts of Justice, com a expectativa de participação de cerca de 40 mil a 50 mil pessoas. O objetivo é demonstrar apoio e solidariedade à comunidade judaica britânica, que tem se sentido ameaçada e vulnerável diante da onda crescente de antissemitismo no Reino Unido e no mundo.
O protesto pró-Palestina foi convocado em resposta aos recentes conflitos entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. Os manifestantes pediam o fim da ocupação israelense da Cisjordânia e a criação de um Estado palestino independente.
No entanto, as manifestações também foram marcadas por atos de violência e antissemitismo. O governo britânico condenou os atos de violência e antissemitismo, afirmando que eles não representam os valores do país.