A recente ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza reacendeu debates sobre os limites do poder israelense na região. Segundo o professor Gunther Rudzit, da ESPM, a dependência estratégica de Israel em relação aos Estados Unidos posiciona o presidente americano, Donald Trump, como a única figura capaz de impor restrições significativas às ações israelenses.
Dependência estratégica de Israel aos EUA
Israel possui uma das forças militares mais avançadas do Oriente Médio. Contudo, sua superioridade bélica é sustentada, em grande parte, pelo apoio logístico, financeiro e diplomático dos Estados Unidos. Essa relação de dependência torna Washington um ator crucial na definição dos limites das operações israelenses, especialmente em contextos sensíveis como o conflito em Gaza.
Trump: figura central na contenção de Israel
De acordo com Rudzit, Trump é atualmente a única liderança com influência suficiente para conter as ambições hegemônicas de Israel na região. Sua posição firme e o histórico de relações próximas com o governo israelense conferem-lhe autoridade para negociar e, se necessário, impor limites às ações militares de Tel Aviv.
Repercussões regionais e busca por estabilidade
A busca de Israel por uma nova hegemonia no Oriente Médio tem gerado preocupações em países como a Arábia Saudita. O reino saudita, que almeja estabilidade regional para atrair investimentos e diversificar sua economia, vê com cautela a escalada do conflito em Gaza. Outras nações do Golfo compartilham desse interesse por estabilidade, visando reduzir a dependência do petróleo e fomentar o desenvolvimento econômico.
Mudanças na opinião pública americana
Rudzit observa que até mesmo comunidades judaicas nos Estados Unidos começam a criticar a postura do governo Netanyahu. Essa mudança na opinião pública americana pode influenciar a política externa dos EUA em relação a Israel, especialmente se liderada por Trump, que possui forte apoio entre setores conservadores do eleitorado.
Apesar da força demonstrada por Israel no campo de batalha, fatores geopolíticos e alianças internacionais, especialmente com os Estados Unidos, podem impor restrições significativas às suas ambições na região. A atuação de Trump será determinante para moldar os próximos passos do conflito e a busca por estabilidade no Oriente Médio.