A crise da Americanas, uma das maiores varejistas do país, se agravou em agosto, quando a empresa fechou 25 lojas e demitiu mais de mil funcionários. Os dados constam no relatório de acompanhamento mensal dos administradores judiciais da companhia, enviado à Comissão de Valores Mobiliários neste domingo (1º).
Segundo o documento, agosto foi o mês com o maior número de encerramentos de unidades físicas desde o início da crise. Desde janeiro, foram 88 pontos comerciais encerrados. Ao fim de agosto, a empresa contava com 1.794 lojas em funcionamento.
O relatório também informa que a varejista desligou 1.131 funcionários entre 21 de agosto e 17 de setembro deste ano, sendo 639 pedidos de demissão.
A Americanas enfrenta uma grave situação financeira desde que revelou, em janeiro, dívidas não documentadas no valor de R$ 20 bilhões, sem dar maiores esclarecimentos sobre a origem do rombo.
A CPI das Americanas, instalada na Câmara dos Deputados para investigar o caso, terminou na semana passada sem apontar responsáveis pela fraude, que foi admitida pela própria diretoria atual da empresa.
O relatório final da comissão isentou a antiga diretoria e os acionistas de referência da empresa —os bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles— de qualquer envolvimento no escândalo.