Americanas contra-ataca com provas no escândalo de R$20 bilhões envolvendo Bradesco e ex-CEO: Veja detalhes

A gigante varejista Americanas está contra-atacando na Justiça após ser acusada pelo Bradesco de um prejuízo de R$ 20 bilhões, uma dívida que a empresa revelou ter em janeiro de 2023. Essa réplica veio em resposta após a Americanas acusar o Bradesco de ter conspirado com seu ex-CEO da companhia, Miguel Gutierrez, na CPI que investiga a fonte da dívida.

A empresa, em um comunicado enviado em 11 de julho, afirmou que tem ao menos três evidências contra Gutierrez e as forneceu nos autos do processo que investiga a fraude bilionária na companhia. Entre os elementos da prova estão: anotações pessoais de Gutierrez, localizadas em equipamento eletrônico da empresa; emails enviados por Gutierrez com orientações visando evitar respostas a questões sensíveis relacionadas ao endividamento da empresa; e finalmente, um outro email do ex-CEO expressando frustração sobre as intensas checagens dos membros do Comitê de Auditoria.

Essa defesa é uma resposta ao depoimento de Gutierrez à CPI, em que ele sugeria que os acionistas majoritários da Americanas sabiam da fraude contábil bilionária na empresa. A Americanas insistiu que Gutierrez não apresentou nenhuma prova em contrário até o momento.

A companhia ainda afirma ter exibido várias contradições e inconsistências nos depoimentos de Gutierrez. Entre as alegações indicadas na carta por Gutierrez, ele argumentou que a empresa passava por uma situação financeira difícil, por isso a necessidade de aporte de capital. No entanto, documentos apresentados ao Comitê Financeiro comprovam que a antiga diretoria tinha intenção de gerar R$ 500 milhões de caixa no quarto trimestre de 2022 e manter o índice de endividamento financeiro saudável.

A defesa de Gutierrez, quando procurada, afirmou que a atual administração da Americanas está tentando comprovar sua notícia com documentos fora de contexto. Estas novas alegações serão discutidas em tribunal, disse ele, ressaltando que nenhum dos documentos se relaciona com os temas que a empresa alega em sua fraude.

A questão agora está nas mãos da CPI e da Justiça, e aguardamos novas informações sobre o desenrolar deste caso complexo.

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