O preço do arroz está em alta no cenário mundial, e impacta o Brasil. A Organização das Nações Unidas (ONU), através da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), informou que em julho, a variação global do valor do grão foi de 10%, enquanto no Brasil o aumento foi de 5%, levando em consideração as cotações em dólares.
Isso significa que comparado ao mesmo período do ano passado, o arroz acumula uma elevação de 30% em seu preço no Brasil, um salto de US$ 550 para US$ 716 por tonelada, de acordo com dados da FAO.
A produção do grão no Brasil, que segue a par e passo com o consumo interno, teve que ser complementada por importações, já que o país ainda exporta uma parcela de sua colheita. Este equilíbrio entre produção, consumo, importação e exportação é crucial para a manutenção do suprimento interno do cereal.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento, a colheita de arroz em 2023 deve ficar em torno de 10 milhões de toneladas, enquanto as exportações do grão devem ser de 1,7 milhões de toneladas.
No entanto, a safra em curso sugere uma retração em relação à safra anterior. A produção prevista é 7% menor, mesmo com o aumento da produtividade média das lavouras. O decréscimo ocorre devido à redução de 8,5% da área destinada à cultura.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz no Brasil, concentrando sozinho, cerca de 70% da safra nacional. Já Santa Catarina, o segundo maior estado produtor, localizado também na região sul, responde por 12% da produção total. Em suma, a Região Sul responde por 83% de toda a safra nacional de arroz. A Região Nordeste aparece em seguida, com cerca de 9% da parcela de produção.
Este aumento no preço do arroz no mercado global e sua influência no Brasil reforçam a necessidade de estratégias de estabilização e manejo do mercado deste cereal, garantindo assim, a acessibilidade e segurança alimentar para a população.