A possível aliança entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Liberal (PL) nas eleições municipais de 2024 vem gerando burburinho nos bastidores do cenário político brasileiro. Mesmo sem a anuência do ‘bolsonarismo raiz’, a proposta de unificação das legendas tem sido levantada, especialmente por líderes associados ao lulopetismo bem-estabelecidos em Brasília.
Os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão em busca do fortalecimento do partido para as próximas disputas municipais, após terem enfrentado uma série de derrotas nas eleições regionais recentes.
Uma estratégia que tem sido vislumbrada é uma aproximação temporária com o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. A ideia anteriormente protagonizada por conversas à esquerda tomou um novo rumo, encontrando eco na ala oposta do espectro político.
Entretanto, ao mesmo tempo em que a união PT-PL tem sido vista como uma prática positiva pelos associados ao lulopetismo, não se pode dizer o mesmo de aliados do ex-presidente Bolsonaro. A ala ‘bolsonarista’ do PL se mostra incomodada com os rumores de aliança, buscando esclarecimentos do líder do partido, Valdemar Costa Neto.
Algumas figuras ainda foram públicas sobre sua oposição à possível coalizão. André Fernandes, do Ceará, foi um dos nomes que expressou seu descontentamento, declarando que não aceitará nenhum tipo de associação ao lulopetismo. O deputado federal disse ainda que, caso tal fusão aconteça, ele estará pronto para tomar providências drásticas, como iniciar uma rebelião partidária junto de outros dissidentes.
Resta aguardar a evolução dos diálogos, assim como a resposta dos diversos segmentos partidários, à medida que nós nos aproximamos das eleições municipais de 2024.