O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), dedicou 19 dos seus cem primeiros dias de mandato a compromissos internacionais, integrando três viagens oficiais ao lado do presidente Lula. As despesas, autorizadas pelo plenário da Casa, totalizaram R$ 38,41 mil em meias-diárias, sem incluir hospedagem, e foram realizadas com uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).
Entre os dias 22 e 29 de março, Alcolumbre participou da comitiva presidencial que visitou Japão e Vietnã, com foco na ampliação da exportação de carne brasileira para o mercado asiático. A missão também contou com a presença de líderes do Legislativo, como Hugo Motta (Republicanos-PB), Rodrigo Pacheco (PSD-RJ) e Arthur Lira (PP-AL). Após o retorno, Alcolumbre pautou e aprovou o projeto da Reciprocidade, em resposta a ameaças tarifárias dos Estados Unidos, liderados por Donald Trump.
O senador também participou de um jantar com Lula e lideranças partidárias no Senado e conduziu articulações para a indicação de Pedro Lucas ao Ministério das Comunicações, substituindo Juscelino Filho — tentativa que não avançou.
Em abril, Alcolumbre integrou a delegação que representou o Brasil no funeral do papa Francisco, no Vaticano. A cerimônia, ocorrida em 26 de abril, também teve a presença de Hugo Motta e do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso. Durante a viagem, congressistas iniciaram discussões sobre um projeto de anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro, ainda sem texto formal apresentado.
Na sequência, Alcolumbre teve novo afastamento aprovado para acompanhar Lula em visitas oficiais à Rússia e à China, entre os dias 6 e 14 de maio. Em Moscou, participou das comemorações dos 80 anos do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial. Em publicação nas redes sociais, ressaltou a importância da data por ser o primeiro presidente judeu do Senado, lembrando os seis milhões de judeus mortos no Holocausto.
Ao final da agenda russa, a comitiva seguiu para a China, onde Alcolumbre participa do quarto fórum da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos com a China, além de uma reunião bilateral com o presidente Xi Jinping, em meio a tensões comerciais com os Estados Unidos.