O ex-governador de São Paulo e atual vice-presidente, Geraldo Alckmin, descarta a possibilidade de se aliar em palanque com Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e deputado federal pelo PSOL, nas eleições de 2024 na capital paulista, conforme afirmam fontes ligadas a Alckmin. A declaração vem à tona no contexto de negociações de seu partido, o PSB, com o PSOL na busca por estabelecer uma possível coalizão eleitoral.
Alckmin demonstra resistência em se envolver na previsível disputa polarizada pela prefeitura de São Paulo, que provavelmente colocará Boulos contra o atual prefeito, Ricardo Nunes. Além disso, as ideias políticas defendidas por Boulos também entram em conflito com as visões de Alckmin, sinalizando um desalinhamento ideológico. Ao longo de seu mandato como governador de São Paulo, desavenças entre os dois políticos foram recorrentes.
Vale ressaltar que, apesar de hoje estarem no governo liderado pelo ex-presidente Lula, Alckmin e Boulos mantêm uma relação conturbada desde quando Alckmin era governador e Boulos líder do MTST, movimento que frequentemente criticava as ações do então governo estadual. Ademais, Boulos manteve seu posicionamento crítico, mesmo após Alckmin deixar o governo. Com isso, a negociação do PSB em indicar a deputada Tabata Amaral como vice na chapa de Boulos para a eleição municipal do próximo ano traz um novo ponto de tensão no cenário político brasileiro.