Os atos de 8 de janeiro deste ano, que tentaram impedir a posse do presidente eleito, foram um dos episódios mais graves da história recente do país. Três dos invasores já foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a penas que variam de 14 a 17 anos de prisão, por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Mas os ministros da corte não estão satisfeitos. Eles querem que os investigados que figuram no rol de organizadores e financiadores dos atos sejam responsabilizados com mais severidade, por terem papel de liderança e premeditação.
Segundo fontes ouvidas pelo nosso blog, há uma avaliação interna no STF de que o ato de planejar e financiar os protestos golpistas seria mais complexo e grave do que a própria invasão e depredação em si, visto que os acusados teriam consciência das consequências dos atos.
Em contraponto aos argumentos utilizados pelos invasores condenados até aqui — como, por exemplo, dizer que não existia noção sobre o objetivo golpista dos atos –, os financiadores e colaboradores intelectuais teriam real consciência das consequências dos atos.
Essa etapa do julgamento ainda não foi marcada. Há expectativa na corte de que ocorra ainda neste ano.