Caribe: Imigração ilegal e rotas perigosas resultam em alta mortalidade de cubanos em 2022

De acordo com um relatório divulgado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), os cubanos foram as principais vítimas do processo de imigração ilegal nas rotas do Caribe em 2022. A República Dominicana e o Haiti também apresentaram números significativos. Pelo menos 350 pessoas perderam a vida no último ano na sub-região caribenha a caminho dos EUA, sendo 150 de nacionalidade cubana.

O estudo registrou um aumento no total de desaparecimentos e mortes relacionadas à imigração irregular na América, com 1.457 episódios em 2022, em comparação a 1.249 casos notificados em 2021. Do total de vítimas, 70 eram mulheres, 89 homens, 28 menores de idade e 163 pessoas de sexo e idade indeterminados.

A OIM, que é vinculada à ONU, destacou que a principal causa de morte foi o afogamento em “rotas de migração irregulares extremamente perigosas”.

O relatório ressalta a grave situação interna em Cuba sob a administração do líder Miguel Díaz-Canel. O país enfrenta uma série de problemas econômicos, com falta de dinheiro nos bancos, gastos governamentais em infraestrutura e investimentos no turismo, além da escassez de alimentos, combustível e medicamentos.

A situação crítica vivida pelos cubanos, somada às adversidades enfrentadas pela população da República Dominicana e do Haiti, evidencia a necessidade de políticas efetivas para lidar com as questões da imigração na região e garantir a segurança dos migrantes em suas travessias.