Wyllys condena ataques de ‘hater-gado-petista’ e acusa ministro de ‘mau-caratismo’

Jean Wyllys, ex-deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT), encontrou-se no centro de uma controvérsia nas redes sociais neste último domingo (10 de setembro). Em uma série de postagens no X, antigo Twitter, Wyllys criticou fortemente o atual ministro da SECOM, Paulo Pimenta, a quem ele descreveu como “mau-caráter”. Esta declaração levou a uma onda de críticas direcionadas ao ex-congressista, caracterizada por ele como “hater-gado-petista”.

Segundo Wyllys, ele foi “sabotado” por Pimenta após ser convidado pelo presidente Lula a juntar-se à Secretaria de Comunicação Social. Este contencioso foi revelado em uma entrevista ao podcast Bee40tona, na qual o antigo parlamentar lamentou a reação violenta que recebeu de militantes petistas em resposta à sua crítica ao ministro.

Na crença de Wyllys, o “hater-gado-petista” recusa-se a aceitar qualquer crítica aos membros do governo do PT e ataca aqueles que ousam questionar a conduta ou políticas partidárias. A reação, segundo ele, não era diferente da antiga postura ‘hater-gado-bolsonarista’ em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Destacando sua independência política, Wyllys respondeu a uma internauta que sugeriu que militantes petistas não deveriam criticar membros do próprio partido em público. O ex-parlamentar declarou: “Se o PT quiser, expulse-me”. Ele ainda afirmou que, apesar de seu respeito e carinho por Lula e a primeira-dama Janja Lula da Silva, qualquer integrante do partido que agisse de forma desonesta seria criticado.

Jean Wyllys também abordou a questão de uma polêmica anterior com Eduardo Leite, o governador do Rio Grande do Sul. Wyllys afirma que o ministro Paulo Pimenta usou suas críticas públicas ao governador para sabotar seu relacionamento com os membros do governo Lula, descrevendo-o como “tóxico e radioativo”.

Wyllys e Leite protagonizaram uma discussão pública em julho deste ano, quando o governador informou que iria processar Wyllys por comentários que considerou “preconceituosos e discriminatórios”. A discussão teve origem na decisão de Leite de manter escolas cívico-militares em seu estado, gerando críticas diretas de Wyllys, que declarou que esperava tais atitudes de “governadores héteros de direita e extrema-direita” e não “de um gay”.