O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, permanece como peça central em uma investigação conduzida pela Polícia Federal (PF), agora entrando em uma nova fase após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologar a sua delação premiada.
Cid, além de reportar-se à Vara de Execuções Penais todas as segundas-feiras, fornecerá novos depoimentos aos investigadores, com previsão de oitiva para esta semana.
A Polícia Federal estará focada em colher novas informações e colaborações do ex-ajudante de ordens nos pontos principais da investigação. Ele passará por escrutínios rígidos quanto às informações passadas, enquanto a força policial procura corroborar cada aspecto de sua delação.
Além das provas já coletadas desde o início da investigação, a PF está à procura de novos elementos que possam oferecer uma imagem mais clara e concreta dos acontecimentos.
No último sábado (9), Moraes homologou o acordo de delação premiada de Mauro Cid com a PF, permitindo-lhe a liberdade provisória. O tenente-coronel estava preso desde maio e agora terá que cumprir uma série de medidas cautelares determinadas pelo ministro, tais como uso de tornozeleira eletrônica, restrições para sair de casa nos fins de semana e à noite, afastamento das funções no Exército e proibição de contato com outros investigados.
Cid compareceu ao STF na última quarta-feira (6), onde foi recebido pelo juiz auxiliar Marco Antônio Vargas, que trabalha no gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Durante essa visita, Cid confirmou formalmente a intenção de seguir adiante com a delação.
Este avanço na investigação traça um novo panorama no caso, com potenciais implicações ainda sendo avaliadas. A participação de Cid na investigação acrescenta mais uma camada de complexidade ao caso em andamento, enquanto se aguarda a análise dos novos depoimentos e provas na esperança de esclarecer questões pendentes.