O atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda-feira (11), acusou seu antecessor, Jair Bolsonaro, de cumplicidade na tentativa de golpe de Estado ocorrida no dia 8 de janeiro deste ano. Bolsonaro, agora representante do Partido Liberal (PL), segundo Lula, estava “envolvido até os dentes” no suposto complô.
As suspeitas de Lula se intensificam diante da notícia de que o auxiliar de Bolsonaro, Mauro Cid, estaria perto de concordar com uma delação premiada. O presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), afirmou estar transparente o profundo comprometimento de seu antecessor no caso.
“Cada dia vão aparecer mais coisas e vamos ter mais certeza de que havia perspectiva de golpe e o ex-presidente estava envolvido nisso até os dentes”, declarou Lula em uma coletiva de imprensa após a Cúpula do G20.
Lula também usou este fórum para fazer uma acusação audaciosa, insinuando que Bolsonaro só não estava considerando tentativas de golpe quando estava ocupado negociando joias presenteadas a ele pelos sauditas, incidente que também está sob investigação atualmente.
Estas fortes acusações vêm em um momento político turbulento no Brasil, já abalado por casos de corrupção de alto escalão e questões de instabilidade política, exacerbadas pelas consequências socioeconômicas da pandemia do COVID-19.
Ainda não há resposta oficial de Bolsonaro às declarações de Lula. No entanto, esse cenário de acusações mútuas reforça o clima de polarização política no Brasil. Observadores internacionais e cidadãos comuns aguardam para ver como o confronto entre esses dois presidentes e influentes líderes políticos continuará a se desdobrar.