Secretário de Justiça defende diferença entre caso Cid e prisões para delação como tortura; Saiba mais

O acordo de delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, homologado pelo ministro Alexandre de Moraes (STF), reacendeu uma discussão nas redes sociais sobre um tuíte de 2019 do atual secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho. Na época, Botelho afirmou que prender alguém para que delatasse seria uma forma de tortura, em referência à delação do ex-ministro Antonio Palocci.

Cid deixou o batalhão da Polícia do Exército no Distrito Federal no sábado (9), após quatro meses de prisão preventiva. Assim como Palocci, após a homologação da delação, ele ficará em prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica. Diante da repercussão do caso, usuários das redes sociais relacionaram a declaração de Botelho de 2019 à atual situação de Mauro Cid.

Em resposta ao Painel, o secretário Nacional de Justiça esclareceu que, de acordo com o ministro Alexandre de Moraes, a prisão de Mauro Cid foi revogada porque as justificativas para mantê-lo preso “já não mais se encontravam presentes”. Ele acrescentou que o caso é “completamente diferente de outros casos no passado em que prisões preventivas ilegais foram decretadas exclusivamente para se forçar uma delação premiada”.