O Conselho Tutelar de Carapicuíba, em São Paulo, determinou nesta semana que o adolescente Miguel Oliveira, de 15 anos, conhecido por viralizar nas redes sociais com vídeos de pregações religiosas consideradas polêmicas, pode continuar suas atividades em igrejas, desde que suas palestras não sejam mais exibidas na internet. Além disso, o jovem deve retornar imediatamente às aulas presenciais.
Miguel Oliveira ganhou notoriedade recente na internet após a divulgação de vídeos em que se apresenta como “pastor” e “profeta”, realizando pregações com forte apelo emocional e solicitando ofertas financeiras dos fiéis em troca de bênçãos ou milagres, práticas que levantaram questionamentos sobre exploração religiosa.
Entre os vídeos que viralizaram, estão cenas em que o adolescente afirma curar doenças graves, como leucemia, e momentos em que incentiva fiéis a fazerem doações financeiras elevadas como condição para receberem milagres. Em outro momento, chegou a sugerir que os fiéis deveriam ter um pastor humano além de Jesus Cristo.
O Ministério Público de São Paulo foi acionado para apurar possíveis irregularidades envolvendo o caso, especialmente devido às denúncias recebidas sobre suposta exploração da fé dos frequentadores das igrejas onde Miguel atua.
De acordo com o Conselho Tutelar, as medidas tomadas visam proteger o adolescente da exposição indevida, garantindo seu direito à educação e ao desenvolvimento saudável.
O caso segue sob investigação das autoridades competentes.