Um satélite Starlink, pertencente à empresa SpaceX de Elon Musk, reentrou na atmosfera terrestre em um espetáculo luminoso observado por moradores em Porto Rico e na República Dominicana na quarta-feira (6).
A Sociedade de Astronomia do Caribe identificou o satélite em questão como o Starlink-30167, lançado em julho deste ano junto de outros 21 satélites. Contudo, este satélite particular nunca alcançou a órbita pretendida, o que levou a uma perda gradual de altitude e consequente reentrada na atmosfera.
O evento foi documentado em uma série de vídeos intrigantes, com relatos de observadores indicando que a reentrada do satélite criou uma trilha luminosa que foi visível de sudeste a nordeste, parecendo atravessar o céu de um horizonte ao outro.
A transição lenta e iluminada do satélite pela atmosfera terrestre diferenciou o fenômeno de um meteoro natural, como um fragmento de asteroide, que normalmente move-se muito mais rapidamente, tornando o evento relativamente breve. Esta particularidade permitiu aos observadores identificar o Starlink-30167 como detrito espacial.
Em um incidente similar no ano passado, dezenas de satélites Starlink reentraram a atmosfera de maneira inesperada, depois que uma tempestade solar alterou a densidade atmosférica.
Um estudo realizado pela Universidade Católica da América em 2023 determinou que a causa foi uma ejeção de massa coronal, cujas partículas atingiram a magnetosfera terrestre formando uma tempestade geomagnética que densificou a atmosfera. Como resultado, os satélites saíram de suas órbitas e reentraram na atmosfera, onde foram incinerados.
Esse novo incidente poderá incentivar discussões em torno da gestão dos detritos espaciais e das implicações da indústria emergente de megaconstelações de satélites. É também um lembrete do quão perto os objetos espaciais estão do nosso planeta – e o quão estonteante pode ser quando eles fazem uma aparição inesperada em nossos céus.