No último dia 23, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, desbloqueou as redes sociais do deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ). A conta do parlamentar havia sido bloqueada desde agosto de 2021, devido à publicação de informações falsas referentes à celebração de Sete de Setembro em 2021. Porém, agora está sujeito a uma multa diária de R$ 10 mil caso publique ou compartilhe notícias falsas, as chamadas “fake news”.
A liberação acontece em um momento crucial para Otoni, pois ele demonstrou interesse em concorrer à prefeitura do Rio de Janeiro. Mesmo sendo filiado ao MDB, o deputado planeja lançar nomes femininos para preenchimento do papel de vice em sua chapa, a qual é vinculada ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Entre os nomes cogitados para o cargo de vice, surge a ex-deputada Alana Passos (PL-RJ). Ela vê na incerteza do PL a respeito da candidatura à prefeitura do Rio, a chance de se firmar como a opção preferencial do segmento mais radical do eleitorado de direita.
Contudo, Otoni nega a possibilidade de Alana ocupar o cargo de vice em sua chapa. A resistência, segundo a ex-deputada, está relacionada ao compromisso que ela teria feito com Altineu Cortês (PL-RJ) para uma candidatura à vereança no Rio de Janeiro.
Esse episódio retrata os complexos jogos de poder do cenário político brasileiro e as implicações das ações judiciais relacionadas à disseminação de informações falsas nas redes sociais. Como o desfecho desta história irá impactar nas próximas eleições municipais do Rio de Janeiro permanece uma incógnita – que certamente merece a atenção e o acompanhamento contínuo do público e da mídia.