Vendedores ambulantes que colocaram suas expectativas de vendas nos adereços do presidente Luiz Inacio Lula da Silva, durante o desfile do 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), enfrentaram decepções. O resultado não foi o esperado, com alguns até experimentando prejuízos.
Taís Neres, que viajou da cidade de Águas Lindas (GO), trouxe mil chaveiros estampados com a imagem de Lula para vender no evento, mas relata que vendeu apenas cerca de 20 unidades. Os chaveiros, vendidos por R$ 10 cada, não tiveram a saída esperada.
“Nós viemos vender água e chaveiros com a imagem de Lula e a paisagem de Brasília. A procura maior foi pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, mas infelizmente, não tínhamos feito dele. Se trouxermos do Bolsonaro no próximo evento, com certeza venderemos mais”, disse a vendedora.
Gabriel Henrique, de Novo Gama (GO), também não teve o retorno esperado. Ele manteve um estoque de camisetas (R$35 cada) e bonés (R$35) com a estampa de Lula e bandeiras do Brasil (R$90). Ele admite que o retorno financeiro não foi o que ele esperava, mas suficiente para cobrir as despesas do dia.
Outro vendedor, Luis Carlos, teve melhor sorte em relação aos demais. Com suas camisetas estampadas com Lula e bandeiras do Brasil, ele conseguiu lucrar. Contudo, também foi abordado por uma cliente à procura de itens de Jair Bolsonaro. Quando questionado se a bandeira era do Bolsonaro, ele respondeu que o verde e amarelo é do Brasil e que a bandeira não é partidária.
Esses relatos ressaltam que mesmo que exista um forte apoio político para determinados políticos, a demanda por produtos comemorativos pode não acompanhar as mesmas tendências. Será interessante ver se esses vendedores terão mais sucesso nas próximas celebrações nacionais e de que forma eles vão adaptar suas estratégias de vendas de acordo com as demandas políticas dos consumidores.