A colaboração do jurista Lenio Streck no programa GloboNews Mais, nesta quarta-feira (6), gerou discussões acerca da decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), de anular as provas obtidas por meio do acordo de leniência entre a Odebrecht e a Operação Lava Jato.
Considerado próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Lenio participou do programa para trazer suas impressões sobre o caso. Durante a discussão, ele manifestou críticas à Operação Lava Jato e suporte à ação de Toffoli.
Apresentando-se no programa ostentando uma camisa com a sigla CCCP, escrita em cirílico, que significa União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, Lenio recordou as iniciais do uniforme da seleção soviética dos anos 60.
Em seu discurso, o jurista traçou uma comparação acusatória entre a Operação Lava Jato e um “estado de exceção” ou “estado de coisas inconstitucionais”. Ele justificou a decisão do ministro Toffoli como um movimento para encerrar a polêmica, argumentando que este ato meramente confirmava as suspeitas já presentes no cenário político.
“A Lava Jato foi uma operação em que o Brasil andou num estado de exceção, um estado de coisas inconstitucionais. (…) O que o ministro Toffoli está fazendo, e eu entendo a grita geral, com acusações ao ministro, é colocar uma pá de cal. O que ele está dizendo é tudo o que nós já sabíamos”, destacou o jurista no programa.
Embora a intervenção de Lenio tenha gerado opiniões diversas, sua participação na GloboNews Mais certamente incentivou o diálogo público sobre a decisão de Toffoli e o futuro da Operação Lava Jato, comprovando mais uma vez a relevância da mídia na recepção dos acontecimentos do mundo jurídico e político.