O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, discursará para emissoras de rádio e TV hoje à noite, às 20h30, em um pronunciamento que deve durar oito minutos. O conteúdo principal deve ser dedicado ao Dia da Independência, uma celebração nacional que ocorre amanhã, 7 de setembro.
Em uma live realizada ontem nas redes sociais, Lula expressou seu desejo por uma celebração pacífica do Dia da Independência. Além disso, ele criticou a apropriação da data por militares e manifestou a vontade de transformar o 7 de Setembro em uma celebração de todos os brasileiros.
“Todo país do mundo tem na festa de independência uma grande celebração”, disse Lula na live. “No Brasil, devido aos 23 anos de regime autoritário, os militares acabaram dominando o 7 de Setembro. Queremos que isso mude. Com a participação da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, queremos fazer um 7 de Setembro para todos”.
O presidente foi além e pontuou que o Dia da Independência é uma celebração não apenas de militares, mas de todas as classes profissionais e individuais. “O 7 de Setembro é do militar, do professor, do médico, do dentista, do advogado, do vendedor de cachorro-quente, do pequeno e médio empreendedor. É de todo mundo. É uma festa importante na qual o Brasil conquistou a soberania diante do país colonizador”, destacou Lula.
Para o amanhã, está programado um desfile na Esplanada dos Ministérios, com início às 9h e duração de cerca de duas horas, com a presença do presidente Lula. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República estima um público de 30 mil pessoas para o evento.
A celebração da independência do Brasil ocorre em meio a um interessante embate político entre o governo de Lula e a base aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro. Enquanto Lula e seu entorno político reiteram que o 7 de setembro é uma data que pertence a todos os brasileiros, a oposição exorta seus apoiadores a ficarem em casa, numa tentativa de esvaziar a festa promovida pelo governo petista.