Gregório Duvivier enfrenta críticas ao pressionar Lula por nomeação de mulher negra para vaga no STF

O humorista brasileiro Gregório Duvivier está causando furor nas redes sociais após pedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indique uma mulher negra para preencher a vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal. A sugestão, feita via Twitter, gerou uma série de críticas de seguidores e provocou um debate sobre racismo e meritocracia.

Duvivier sugeriu um encontro entre Lula e várias juristas negras qualificadas para a vaga, a fim de que o presidente pudesse eleger uma delas para o posto.

“Nos marcamos um café para o Lula conhecer algumas juristas negras com notável saber jurídico que podem ocupar a próxima vaga do STF. Ajude a gente a fazer o convite chegar até ele. Lula, #tomaumcafecomelas”, escreveu o humorista.

A proposta, porém, não foi bem recebida por alguns seguidores, que argumentaram que a nomeação para o STF deve ser feita com base na competência e habilidade do individuo, e não com base na cor da pele ou gênero. André Nunes, seguidor do humorista, questionou a falta de diversidade racial entre os atores do programa de Duvivier, o Porta dos Fundos.

“Gregório Duvivier com todo seu identitarismo barato e ongueiro, quer cobrar do Governo Lula uma ‘mulher negra’ no STF. 1 – Esse tipo de nomeação se faz por mérito / capacidade e não por cor ou gênero. 2 – Onde estão os negros na equipe de Greg? Hipócrita!”, comentou Nunes.

Outros comentários foram ainda mais polêmicos, citando o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, também negro e nomeado por Lula, que tomou decisões contra o PT durante o processo do mensalão.

Apesar das críticas, Duvivier recebeu apoio de outros seguidores que destacaram a importância de se ter diversidade e representatividade nas altas esferas do poder. Eles argumentaram que a rejeição ao pedido do humorista revela um racismo latente tanto na esquerda como na direita política brasileira.

O debate gerado pela sugestão de Duvivier ressalta as tensões raciais e políticas do Brasil atual, além de questionar as formas de nomeação para cargos públicos de grande relevância, como os postos no STF.