Lula critica dominação militar do 7 de Setembro durante ditadura e propõe celebração para todos

O presidente Luis Inácio Lula da Silva, durante pronunciamento nesta terça-feira (5), relembrou o passado do país quando a data magna de 7 de Setembro ficou sob o domínio militar por 23 anos, durante a época do regime autoritário. Lula ressaltou que o momento atual simboliza um esforço, realizado em conjunto com a Marinha, o Exército e a Aeronáutica, para transformar a data em um motivo de celebração para todos os brasileiros e não apenas uma festividade castrense.

“O que nós estamos querendo fazer agora, é voltar a fazer um 7 de Setembro de todos”, disse Lula. Ele destacou a importância da comemoração que marca a partir de quando o Brasil conquistou soberania diante do país colonizador. “É uma festa importante. O 7 de Setembro é o dia da gente comemorar a nossa autonomia diante da coroa, este foi o grande feito. Nós somos donos de nós mesmos”, ressaltou o presidente.

Sobre as expectativas para o dia da Independência, Lula disse que espera que seja um dia pacífico e normal. As instituições militares, por sua vez, estão se preparando para um esquema de segurança reforçado para a comemoração da Independência em Brasília.

Em relação à segurança durante o desfile militar, o governo do Distrito Federal disponibilizou um contingente reforçado com 2.080 policiais militares e 500 civis. Esse número é maior do que o grupo disponibilizado para a posse de Lula, em 1º de janeiro.

Ao falar sobre a segurança, a governadora em exercício do DF, Celina Leão, assegurou que não tem receios de que possa ocorrer novamente a desordem que aconteceu no último dia 8 de janeiro. Porém, demonstrou preocupação com possíveis ataques isolados, decorrentes de “lobos solitários”.

Lula também confirmou que fará um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão na quarta-feira (6), véspera do 7 de Setembro. A informação foi confirmada pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.

Além disso, após o desfile, Lula irá deixar o Brasil e embarcar para a Índia, onde participará da reunião do G20.