Ibaneis delega liderança de segurança do 7 de setembro à vice-governadora após retorno de viagem internacional

Após retornar de viagem aos EUA, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), inclina-se a tomar as rédeas do planejamento da segurança do evento de 7 de Setembro, com foco na Esplanada dos Ministérios. A negociação ainda está em curso, mas a ideia desponta como uma estratégia para aproximar novamente o governador do centro do palco político distrital.

Na próxima segunda-feira (4), a vice-governadora, Celina Leão (PP), será a responsável pela condução da reunião com o Gabinete de Mobilização Institucional, cujo objetivo é preparar a segurança para o evento. Essa informação foi confirmada por Rocha à CNN, mencionando também que Celina permanecerá à frente do processo, dado que ela já havia iniciado os trabalhos do Gabinete durante sua ausência.

O próprio Rocha vem refletindo sobre a possibilidade de comandar o planejamento de segurança desses eventos. Porém, a especulação surge em um cenário no qual as críticas sobre sua gestão, particularmente em relação a sua postura frente aos atentados de janeiro, começam a se dissipar. Ainda que assim seja, fontes próximas ao governador relatam que a tranquila situação política atual contribui para essa disposição.

No último mês, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, enviou um ofício ao governo do Distrito Federal referente a convocações para atos de manifestação no dia 7 de Setembro. Este documento foi recebido por Celina Leão, que, na época, respondia como governadora interina devido à ausência de Ibaneis no país. Naquele momento, ela ordenou a criação do Gabinete de Mobilização Institucional, cuja função seria assegurar a ordem pública, coordenar os esforços administrativos e acompanhar os eventos do dia da independência nacional.

Ibaneis Rocha foi destituído temporariamente do cargo em janeiro, a mando do Supremo Tribunal Federal (STF), após o vandalismo que resultou na destruição das sedes dos três poderes. O governador só retornou ao seu cargo após dois meses. Dessa vez, a palavra de ordem no Palácio do Buriti é “não se pode errar”. Os esforços na segurança do evento estão em pleno curso, tendo já convocado cerca de 3.000 policiais militares do Distrito Federal para garantir a paz no dia 7 de setembro.