Cinco anos após o infame ataque a faca contra o atual ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, o autor do crime, Adélio Bispo, recusa-se a receber tratamento médico para seu transtorno delirante persistente. Essa condição transformou sua detenção inicialmente pensada para ser preventiva em uma internação por tempo indefinido. De acordo com as informações veiculadas pela Folha de São Paulo, Bispo não reconhece sofrer de nenhuma doença mental e recusa o tratamento devido ao temor dos efeitos colaterais da medicação indicada.
Adélio Bispo foi preso após esfaquear Bolsonaro durante sua campanha presidencial em 2018. No entanto, mesmo após o transcorrer de vários anos, ele não demonstrou nenhum arrependimento sobre suas ações. O ataque a Bolsonaro aconteceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, e provocou graves lesões no então candidato.
Os advogados de Bispo têm buscado transferir o seu cliente da Penitenciária Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, para um hospital psiquiátrico. No entanto, o desejo de transferência foi inviabilizado devido à recusa de Bispo ao tratamento médico.
Recentemente, no dia 14 de março, a Polícia Federal realizou um conjunto de operações que visavam desvendar um suposto envolvimento entre Bispo e a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A Polícia Federal cumpriu seis mandados de busca e apreensão nas residências e escritórios dos ex-advogados de Bispo.
Um dos envolvidos, o advogado Fernando Magalhães, é suspeito de ter recebido uma transferência de R$350 mil do PCC para uma de suas empresas. Magalhães, junto com Zanone Oliveira Júnior, foram os primeiros advogados constituintes da defesa de Bispo no caso.
O caso atraiu considerável atenção do público e da mídia. À medida que o autor do crime continua a se recusar a receber tratamento, os questionamentos sobre seu futuro legal e mental persistentes. A recusa de Bispo ao tratamento tem evidenciado os desafios enfrentados pelos órgãos de justiça na gestão de detidos com problemas de saúde mental.