Projeção de inflação para 2023 sobe enquanto PIB brasileiro prevê crescimento de 2,56%, indica Relatório Focus

Especialistas do mercado financeiro elevaram as estimativas de inflação e crescimento econômico do Brasil para 2023. As informações foram reveladas no último Relatório Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (4/9).

De acordo com o relatório, a economia brasileira deve terminar o ano de 2023 com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 4,92%, um aumento em relação à projeção de 4,9% na semana passada. O IPCA é o índice que mede a inflação oficial do país.

A meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano é de 3,25%. Considerando um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, a meta será considerada cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

Para 2024, a previsão da inflação recuou ligeiramente de 3,87% para 3,88%, enquanto a projeção para 2025 manteve-se estável em 3,5%.

Quanto às previsões de crescimento, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve encerrar 2023 com um aumento de 2,56%, uma alta significativa em relação aos 2,31% projetados na semana anterior. Já para 2024, a projeção caiu ligeiramente de 1,33% para 1,32%, e em 2025 a economia deve crescer 1,9%, sem alterações em relação à previsão anterior.

Referente à taxa básica de juros da economia, a Selic, os especialistas mantiveram as estimativas para o final de 2023 em 11,75% ao ano. Projeções para 2024 e 2025 continuam em 9% e 8,5% ao ano, respectivamente.

O Relatório do Focus sintetiza as projeções do mercado financeiro coletadas até a sexta-feira anterior à sua publicação, sendo divulgado sempre às segundas-feiras. Segundo dados do segundo trimestre de 2023, o PIB brasileiro surpreendeu os analistas e registrou um crescimento de 0,9%.

Em relação ao câmbio, a previsão para o dólar em 2023 foi mantida em R$ 4,98. Para 2024, a estimativa para a moeda americana é de R$ 5.

Vale lembrar que a taxa Selic, principal instrumento do BC para controlar a inflação, foi reduzida em 0,5 ponto percentual para 13,25% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcando a primeira queda da taxa básica de juros em três anos. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional.